quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Argélia aposta no conjunto e no coração para chegar pela primeira vez às oitavas


Técnico da seleção diz que vitória contra a Eslovênia é fundamental para conquistar uma vaga no grupo C, que ainda tem Inglaterra e Estados Unidos!

A Argélia é provavelmente a seleção mais fraca tecnicamente dentre as cinco africanas que se classificaram para a Copa do Mundo. Os torcedores sabem disso, mas, mesmo assim, alimentam o sonho da inédita passagem para as oitavas de final. Porque se não tem craques, a Argélia tem ídolos - os mesmos que conseguiram chegar ao Mundial depois de 24 anos.

- A seleção hoje é a maior paixão do país. Quando ela joga todo mundo para pra ver. Os torcedores estão muito empolgados com a classificação para a África do Sul, principalmente pela forma como foi, em cima do Egito, que é um grande rival - analisa Noureddin Saadi, técnico do USMA, um dos clubes mais populares do país.

O que mais anima os torcedores é a disposição demonstrada pela equipe durante as eliminatórias. O jogo-extra contra o Egito, especialmente, mostrou uma seleção de muita garra, capaz de vencer mesmo sendo claramente inferior ao adversário. E é com esse espírito que os argelinos prometem chegar à África do Sul.

- Temos uma equipe muito concentrada, que joga com o coração. Estamos pensando jogo a jogo, mas com a confiança de que podemos passar de fase - diz o meia Lemmouchia, do Setif, um dos poucos jogadores da seleção a atuar no futebol argelino.

Nas duas vezes em que esteve na Copa do Mundo, a Argélia caiu na primeira fase. Em 1982, chegou a vencer a Alemanha Ocidental por 2 a 1, com gol do ídolo Madjer, mas acabou eliminada depois que a Alemanha venceu a Áustria por 1 a 0, em um jogo de compadres que favoreceu os dois países europeus. Já em 86 a campanha foi ruim, com um empate contra a Irlanda do Norte e derrotas por 1 a 0 para o Brasil e 3 a 0 para a Espanha. O técnico na ocasião era Rabah Saadane, o mesmo que comanda a seleção atualmente.

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